
“MINHA COLEGA AURA LEVANTA 170 QUILOS!” NA FPT INDUSTRIAL, HUMANOS E ROBÔS TRABALHAM EM COLABORAÇÃO
Chama-se AURA. Quase três metros de altura. Pesa cerca de três toneladas e pode levantar 170 quilos como se nada fosse. E acima de tudo, é um robô, mas não um robô qualquer como aqueles que estamos acostumados a ver trabalhando em instalações de produção em todo o mundo.
AURA (Advanced Use Robotic Arm) é, na verdade, um robô do tipo colaborativo/industrial, ou seja, capaz de realizar tanto tarefas pesadas repetitivas quanto de apoiar o homem, sem barreiras e no mesmo posto de trabalho e, se necessário, pronto para ser guiado manualmente por ele. Projetada e fabricada pela Comau, AURA é a estrela da fábrica da Driveline da FPT Industrial em Turim, dedicada à produção de transmissões e eixos para veículos pesados.
A AURA trabalha na montagem dos eixos pesados, fabricando componentes articulados que permitem que os caminhões manobrem. O robô pega uma peça do carrinho de abastecimento em total autonomia e a passa delicadamente para o operador com quem compartilha o posto de trabalho. E é precisamente o operador humano que, a este ponto, assume o controle das operações, guiando o robô por meio de um equipamento inovador (orientação manual), de forma que o braço mecânico aproxime a peça da bancada, onde é acoplada com uma alavanca.
Uma colaboração e uma sinergia perfeita, onde cada uma das partes envolvidas conseguem dar o melhor de si; o robô realiza trabalhos pesados de forma metódica e sem esforço, é o único no mundo capaz de levantar até 170 quilos, enquanto a fase delicada de montagem é controlada pelo homem, que aproveita assim sua capacidade de se adaptar a situações de trabalho e estratégias de montagem, que variam muito de modelo para modelo.
Mas a força não é o único elemento que faz da AURA um robô sem igual. Na sua função de máquina colaborativa, de fato, deve ser capaz de perceber uma presença, seja de outra máquina ou de uma pessoa de carne e osso. E para fazer isso, usa seus “sentidos” ao máximo. Uma “pele sensível” que lhe permite decidir se deve reduzir a velocidade em que se move ou se deve parar completamente. Uma “visão”, em forma de câmera 3D, que o robô usa para escanear a peça a ser retirada e para entender em que lugar está. E por último “o tato”, que se expressa através de uma pinça, capaz de levantar o componente a ser movimentado e pegá-lo com firmeza, mas ao mesmo tempo com delicadeza.
Mas isso não é tudo. Para poder trabalhar sem nenhuma barreira, ao lado de um ser humano, na linha de montagem driveline da FPT Industrial, a AURA possui um verdadeiro “sexto sentido”: um sistema avançado e complexo de escaneamento a laser, que inspeciona e monitora o espaço de trabalho quando o braço está em operação.
AURA é o resultado do projeto HuManS (Human-centered Manufacturing System), no qual colaboraram a FPT Industrial, a Comau e outras 17 empresas especializadas no setor e que vê o homem no centro do sistema produtivo, cercado por máquinas que o ajudam e com as quais divide o espaço em total segurança.